quarta-feira, 29 de junho de 2011

Obrigado Vinicius de Morais e tal tristeza!

Um senhor bateu a porta de uma mansão, vestindo humildes trajes. Neste dia o mordomo estava de folga então a madame espiou pela câmera de segurança e achou melhor não abrir. O senhor insistiu. Então a madame pegou o interfone e perguntou:
-O que o senhor deseja?
-Olá, sou a felicidade, posso entrar?
A madame soltou uma gargalhada irônico e mandou aquele pobre senhor ir encher o saco de outro. Ele não retrucou, apenas abaixou a cabeça juntou umas sacolas que levava com sigo e partiu.

Depois disso o senhor chegou ao lado de um morador de rua e com toda educação disse:
-Olá, sou a felicidade, posso entrar no seu “lar”?
O mendigo enfurecido gritou:
-Esse papelão é meu,tira a mão e some daqui.
Foi isso que ele fez.

Ele caminhou até uma praça, sentou em um banco frio, já não agüentava mais tanto desprezo. Até a felicidade se magoa. Ele já estava planejando seu suicídio, quando os céus, ou sei lá o que, quis que do seu lado sentasse um poeta, o poetinha. Então o senhor resolveu dar uma espiada no que aquele homem que sentou ao seu lado estava escrevendo, antes de se jogar do viaduto da Perimetral. E leu a seguinte frase: “A tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não”.

É amigos agradeçam a Vinicius de Morais e a essa tal tristeza, porque foi ai que a alegria(me desculpe a intimidade) encontrou uma razão para viver e só por isso podemos ter o prazer de conhecê-lo ou conhecê-la, tanto faz, pra alegria o sexo não importa.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Meu primeiro fim

Não preguei o olho naquela noite de sábado. Toda a minha existência passou pela minha mente. Pesei o que havia acontecido dês da minha primeira lembrança até aquele dado momento. Quando meu humilde celular marcava cinco e quarenta e sete da manhã cheguei a uma conclusão. Levantei rapidamente, perdi algum tempo com essas coisas fúteis que fazemos toda manhã e escrevi uma curta sentença ali mesmo no saco de pão amanhecido da padaria da rua de cima.
Abri a porta de casa e me deparei com o mundo exatamente como ele é, ou era. Procurei o prédio mais alto da cidade. Nessas cidades de interior não existe muitos prédios. Mas antes passei no supermercado para comprar um destilado barato. Agora sim tudo estava pronto.
Cheguei a portaria do prédio e disse que precisava falar com um amigo, o porteiro mandou eu subir. Nessas cidades de interior todo mundo conhece todo mundo, não tem essas frescuras de ficar ligando para o apartamento. Pequei o elevador e fui direto para o ultimo andar. A porta do elevador se abre e me deparo com uma escadinha escura que levava ao terraço. Direcionei-me até ela e subi. Aquele lugar não era totalmente desconhecido para mim, já havia subido ali algumas vezes para beber com meus amigos. Caminhei até o para peito, foram exatamente 17 passos a caminho de uma nova etapa. Abri a garrafa de destilado barato e dei alguns tragos, parecia que estava bebendo um whisky dezoito anos. Olhei pela ultima vez a vida como ela era e então me joguei...
Por favor, me vê mais uma dose dessa cachaça amarela. Onde parei mesmo? Tanto faz, um brinde a vida!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Bala sem religião

O primeiro copo custa a descer
Raramente o silencio é quebrado
Até da vida agente esquecer
Os problemas vão ficando de lado

No segundo agente não quer nem saber
Pode nem estar gelado
Pura é capaz de descer
Sendo tri-destilado

Desculpe, do terceiro em diante eu não lembro como é.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vibração

Como é fácil ter um destino, não?
Atribuir um significado cósmico para nossa fraqueza.
Isso só expõe mais e mais nossa fragilidade.

O que realmente muda nossas vidas são as atitudes,
e muitas vezes, a falta delas.

Esses momentos que parecem filmes hollywoodianos,
nada mais é que as roletas quânticas nos pregando mais uma peça.
Sim, tudo isso não passa de pura coincidência.