quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O circo de sol... Solidão

Paro. Vejo-me no eterno picadeiro da vida, da minha vida. Onde não posso ser eu, ou ser quem gostaria de ser. E de baixo dessa imensa e confusa lona me destinaram dois “papeis”. O velho e impotente rei da selva (ou seria da jaula, que nem a mim pertence) e o triste palhaço sorridente.
O velho leão, ainda impondo medo nas crianças e divertindo os adultos com a “obediência”. O rei vive o triste dilema: se passar por gatinho e ganhar migalhas de carne podre no final do show. Ou se revoltar e ao menos tentar saltar para fora da jaula e devorar a carne fresquinha de quem se diverte com suas fantásticas e lastimáveis acrobacias ansiadas pelo mundo, sim o publico.
E o palhaço sorridente, no seu barril decorado com sua angustia e sua vontade de estar lá em cima. No alto fazendo acrobacias e vendo tudo de cima. Mas para isso precisa tirar a maquiagem, mostrar a sua real face e deixar de fazer o mundo sorrir.
Quero pedir desculpas, pelos erros de concordância, pois esses personagens fazem parte de mim, e eu fico sem saber se uso primeira ou terceira pessoa.
E a terceira pessoa que eu faço sorrir tanto vestido de palhaço ou de leão, é a primeira pessoa que me magoa outrora.
Em uma análise rápida e fria sobre essas palavras, quero me definir. Eu sei que vocês não querer saber. Mas ao menos essa vez vou fazer o que acho certo. E essa definição vem em infinitas palavras, as seguintes: covardia, covardia, covardia... covardia e covardia.

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