segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Andam dizendo por ai que o tempo não volta
Volta e meia, estou no oposto de outrora
Meia volta e voltou.

Passado e futuro em um só pote
Pote de geléia
Descasca o abacaxi e tudo fica homogêneo e saboroso.

Amor e ódio
Uma mesma referencia.

Andam dizendo por ai que o tempo está voltando. Ué!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"?!"

Andando pela praça me deparo com uma arvore. Nela estava talhado um ponto de interrogação.
Ponto que me fez pensar em vários outros símbolos.
O primeiro foi uma aspa, pode ser que seja uma coisa boa viver entre ela. Ser literal de mais deve ser bem cansativo. Nunca me leve ao pé da letra.
Logo após me veio aquele ponto que estava ali, frente a minha vista. Era o ponto de interrogação. Esse ponto é um dos maiores carmas que carrego na minha mochila. Ele me ajuda e muito me livrando de algumas enrascadas que seriam fatais. Porem ele me priva de viver.
Viver, remete ao mais belo dos pontos... o de exclamação. Ele torna as coisas tão mais intensas e bonitas. Pena que está em falta nesse meu universo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Não me bastou estar entre pontos e vírgulas.

Tenho mania de ser ambíguo. Imagino eu, que confundindo encontramos a verdade. Ela deve estar perto, porque mais do que nunca estou desorientado.
Já que não existe uma bússola para isso, procurei me orientar através do futuro. Consultei cartas, o taro, os astros e até o Deus clamei, para que me mostrasse algo. E todos eles me mostraram exatamente a mesma coisa... nada. Já era de se esperar, teoricamente o futuro somos nós que construímos.
Resolvi então me nortear no passado. Li livros, revistas, documentos histórico que serviram só para atacar minha riniti e me confundirem mais ainda. Também revi fotos, minhas fotos, não serviram para quase nada. Só me mostraram o que vejo nesse momento refletido no espelho: duas aspas, girando em torno de mim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu, mestre cuca

O momento da maior alegria pode ser o mesmo da mais profunda angustia. Cabe a nós, meros mortais, dosar os ingredientes que temos em mãos para controlar esses sentimentos.
Infelizmente não há nenhuma receita de um modo perfeito para se agir, até porque alguns gostam de levar uma vida mais apimentada, outros só aguardam o momento do descanso eterno.
Nunca abuse de alguns ingredientes nessa vida. A paixão é um deles. Ela funciona como um fermento. Pode trazer momentos de êxtase, mas também pode provocar uma dor profunda. Porem viver sem ela também não tem como, eu que os diga.
Sentimentos provocam sentimentos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Desabafo sobre no quinhão

Depois de tudo, doeu.
Uma dor diferente das demais, culpa!
Agora me pego pensando: estraguei tudo, ou fiz o melhor pra nós?
Quem pode responder essa pergunta é você.
Seria muito clichê eu dizer que quero o seu melhor?
Seria demais eu falar que não ligo de sofrer mais uma vez por você, por nós?
Sei que o grande culpado sou eu.
O que me resta é passar mais essa noite em claro, hora tentando te esquecer, hora programando o nosso futuro.
E lá se foi a minha promessa...
Prometi a quem?
A mim mesmo?
Até me decepcionar eu consigo.
Boa noite, para você!
Amanhã nos encontramos. Não repare minha olheira.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma vaga lembrança.

Pique esconde na rua.
Uma revoada de pássaros, o tempo fechou.
-Pra dentro, olha a chuva, menino!
Choveu pedra.
Quinze minutos após o termino da chuva, meninada toda na rua de novo. Corrida de barquinho na enxurrada.
Eis que surgi solitário, tonto e ferido em meio às nuvens que já de desfaziam, um pato selvagem.
Uma criança grita: Que pato burro, nem para se esconder da chuva feito os outros. Então pela primeira vez na minha vida, filosofei.
Porque ele não se escondeu da chuva?
Hoje estou tonto, solitário e ferido. Só agora consigo entender que em alguns momentos temos que correr riscos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Avoando" na simplicidade das palavras... e do porão

Na contra mão de quase tudo,
nós seguidos de mãos dadas,
tentando dar cor a esse mundo mudo.

Um livro jogado no chão,
alguns nomes escrito na capa,
onde será que eles estão?

Eu continuo puto,
eles possivelmente também,
porem só, não sairei do luto.

Logo abrirei o velho portão,
conversas, musicas e bebidas,
confraternização no porão.

Toda revolta se transforma em paz,
a solidão? só em musica,
to falando de felicidade em prosa,
rimar pra que?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Evolução, ou não.

Tire essa mascara que cobre seu rosto, sim pode ser que eu tenha me apaixonado por esse mistério mais hoje cansei, cansei de tanta incerteza, de tanta solidão disfarçada por sorrisos, sofrimento interno.
O sol brilha alem das nuvens minha querida, esse seu disfarce ou personagem, não sei ao certo, tira sua capacidade de abstração, veja a vida exatamente como ela é.
Seu coração esta gelado, criança. O reino do céu é seu, o seu céu. Ou seria o meu?
Esses nossos valores não estão certo minha amiga, não nessa realidade que vivemos hoje, me de uma oportunidade de mudar tudo isso, eu já tinha me dado e a tirei devido a consciência comum. O senso comum me atormenta, na verdade a sociedade me atormenta, atormenta a todos, e eu nem sei por que, já que sem mim e sem você não existiria sociedade. Vamos partir para uma solidão a dois?
Meu mundo esta metamorfoseando para talvez um dia se encaixar ao seu, me de essa oportunidade. Darwin ficara feliz se algo acontecer entre nós.
Será que a teoria evolutiva é verdadeira?
Meus sentimentos clamam que sim, meus pensamentos juram que não.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Correria

Tudo pronto! É à hora da largada.
Uma breve olhada para traz para ver o que já se passou, a como foi bom.
Olha para baixo para ver como esta a situação agora, não é uma raia muito favorável.
No horizonte as imagens se confundem com os sonhos.
É levantada a bela arma: “três, dois, um”. O tiro sai.
Eu? Permaneço estático, meus irmãos estão ali no alambrado.
Desculpem-me, mas não posso.
Nunca fui de correr assim atrás das coisas, de brigar.
Sempre quis o que esta ao meu alcance.
Traz aquele destilado do rotulo azul que o premio ta aqui.
O maior premio a vida me deu.
Por que iria correr se ele estava ali no alambrado?
é meus amigos, tudo na vida é conseqüência disso aqui.
Nada escapa dessa base.
A minha é forte. Obrigado!
A mala finalmente esta pronta para a largada do final de semana.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por que há cronologia?

O futuro se aproxima do passado quase não havendo presente. Antes não tivesse.
A mochila já está pronta dês de que o bom passado passou. Não literalmente, mais já ta na mente. Como ta na mente tantas outras coisas, tantas coisas que não couberam lá e assim resolveram procurar outro lugar para ficar. E não é que encontraram? “Isso é maldade ai não é lugar para vocês se alojarem”. Foram parar no órgão mais fresco e puro desse amontoado de carbono.
Agora estou aqui. Ouvindo a patativa do norte, sonhando com tão belos e distantes rostos. Rostos que nem preciso mais fechar os olhos para ver, a saudade já se encarrega de desenhá-los nas nuvens.
Passado, futuro, presente?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A meteorologia de um feriado

Perdoem-me pessoal, essa baixa umidade do ar que estava rondando por aqui é culpa minha. Parece que meus sentimentos influenciam no tempo. E era assim que eu estava, seco. Seco feito um jatobá e com aquela casca dura característica dessa fruta.
O sol ardente desse feriado foi devido a minha felicidade, felicidade por rever pessoas queridas e conhecer outras que certamente se tornaram. Mais não sei se ele fez muito bem a mim não.
Em conseqüência à alta temperatura a casca que antes dura e resistente se partiu, e alguns sentimentos intrometidos entraram, ainda não consegui defini-los ao certo. Eu tenho medo dessa incerteza. O que sei é que eles tiraram algumas coisas de mim que já estava em processo de decomposição, o cheiro já não me incomodava mais, já acostumei com esse tipo de coisa.
Cessou a euforia de belos dias. Os olhos sumiram em meio às lágrimas que por alguma atração insistia em não escorrer pelo rosto, resolveram cair do céu, então o tempo fechou, mas vejo que há uma linda clareira no céu. Sim eu espero!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relato de um inv(f)erno

Hoje o dia amanheceu gelado, e eu estou aqui sem sequer um fósforo para me aquecer. Eu escolhi abandonar o meu tão aconchegante lar, e até mesmo me abandonar. Estou em tempo de reflexão, eu sempre tive nesse tempo, mas nunca só como hoje. É muito complicado explicar o que passa pela minha cabeça, embora na maioria das vezes não passe nada, nada alem de lindas lembranças e um magnífico futuro. Futuro esse que nem sei se vai chegar, mas eu vou aqui me iludindo diariamente, pregando lembretes do próximo plano frustrado na minha geladeira. A coitada da geladeira esta coberta por papeizinhos que vou rasgando um a um, devo ser um dos grandes contribuintes para o desmatamento da Amazônia afinal o que gasto diariamente de papel não é brincadeira. Sim, eu sei que eu poderia digitalizar tudo, mais sei lá, na maioria dos dias a minha alegria esta restrita nas coisas digitais, não quero estragá-los com frustrações.

domingo, 29 de agosto de 2010

Monólogo com a insônia

Olá insônia,
a tempos não vinha me visitar amiga de muitas noites.
Me conte como anda a vida, acompanhando muitas pessoas pela madrugada?
E aquela velha senhora da aza sul? Continua a passar lá diariamente?
Posso te confessar uma coisa? Fico feliz com a sua visita, quando você vem assim sozinha são sempre agradáveis as noites. Duro são estas sua companhias.
Como diz minha avó: “diga com quem tu andas que direi que tu és”. Eu não concordo muito com esse ditado não, mas seu nome esta bem sujo ai na praça devido aos maus elementos que te acompanham.
Inclusive a ultima vez que passou por aqui com aquela sua amiga, como ela chama mesmo? Tristeza se não me engano, coloquei até a vassoura atrás da porta pra ver se iam embora logo. Encontro ela as vezes por ai, e como ela é desagradável, não? Vem toda intrometida nos abraçando, entrando onde não foi chamada e não nos deixa ir embora, não sem antes deixarmos uma lágrima escorrer pelo rosto.
É amiga, eu acho que chegou sua hora, volte outro dia que eu não precise acordar cedo é muito boa sua companhia, e traga a esperança a felicidade eu sei que não costuma andar com ele mais traga o sonho se possivel. Até logo!
Boa noite sono, como vai? A insônia acaba de sair daqui, vocês nem se dão muito bem né?

sábado, 7 de agosto de 2010

mais que doidera

Todos buscam as estrelas, eu só quero uma, nada mais. E estou indo rumo ao sol. Sei que você me acompanharia, mas não posso permitir isso, já te magoei demais com essas minhas viagens.
Parti só, não, não fique triste eu já me acostumei apesar do pouco tempo. E sempre encontro uns mochileiros malucos no meio do caminho, eles que me motivam.
Diz a lenda que o um grande alucinado chegou no tão sonhado objetivo e nunca mais voltou, deve ser realmente bom por lá. Mas alem dele ninguém mais conseguiu essa proeza.
Sempre me perguntam: por que o sol? Não seria melhor uma estrela menor? O que eles não entendem é que não foi uma escolha minha, é predestinação. São poucos os destinados a isso, acredito ser um deles, e a cada dia vou liberando mais minhas paranóias e frescuras, pois para alcançar a mais poderosa estrela do sistema tem de ser puro, não essa pureza que dizem por ai, de não aproveitar a vida, tem que ter a alma e a mente em sintonia, o corpo é um mero detalhe, ele segue o fluxo.
Gostaria de ter levado muita coisa e muita gente comigo, mais não sei se vou conseguir sequer chegar na lua... E eu acabo de me frustrar com essa merda dessa viagem, mais que bosta porque meu cérebro foi lembrar só a agora que o sol é a estrela mais próxima da terra? Perdeu toda a graça 8 minuto-luz minha mente faz em 2 minutos, claro que arredondando a velocidade média.
Esquece essa estória de predestinação, agora eu quero a Hipparcos 5926 (V762), isso sim é desafio... Essa sim é a minha predestinação, desafios, ou não.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A minha volta

Eu me abandono quando estou aqui. Sei disso pelo simples fato de minhas idéias ficarem trancadas no “meu mundo”. E os meus sentimentos, que sentimentos? Eles se perdem nessa imensidão de novidades, que nem são tão novas assim. A única coisa que passa realmente pela minha cabeça é este momento que esta chegando, e o único sentimento que consigo encontrar nesse mar de loucura, é a saudade.
Eu gostaria muito de me adaptar fácil e esquecer o que passou. Mas o grande problema é que não passou, tudo aquilo esta vivo e queimando aqui dentro de mim.
Esta chegando a hora do regresso, estou radiante. Minha mente começa a se abrir para minhas viagens alucinadas, meus sentimentos já estão organizados em fila indiana aqui e um a um vão entrando novamente no meu ser, o meu coração já esta palpitante e pronto para receber novos amores e fúrias, lá tudo é mais intenso. “Oh! que saudades que tenho. Da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais!”.

sábado, 31 de julho de 2010

Eu estou cansado dessa saga desgraçada, porque eu? Todo dia aqui, revoltado com um sistema que jamais, isso mesmo que você ouviu, jamais vai mudar. É um sonho muito distante, se não impossível, pensar que a sociedade alcançara um ponto de equilíbrio, que chegaremos a ser conscientes o suficiente para não precisarmos de pessoas tão limitadas quanto nós para nos “controlar”.
Olha só, mais uma vez eu to aqui fazendo o de sempre, é a minha sina. Por que não falar do amor? Ou mesmo do ódio. Só queria saber fazer algo diferente disso, dessa minha rotina incessante. Mais o que falar do amor? Nem sei ao certo o que ele é, única coisa que sei sobre ele é que é o sentimento mais lindo e contraditório que vaga pelos corações. Ele já passou por aqui, na verdade ele mora por aqui, e eu não o conheço bem. Como pode? A tantos anos aqui comigo e eu não saber se quer descrevê-lo. Sou muito incompetente.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser!

Face a face com o espelho me vejo feito um aglomerado de entulhos lá no fundo do quintal da casa de praia da minha tia. Eu podia muito bem ir para o lado feliz e garantido da vida, mais não teimoso como sempre segui pela direita, e já entrei lá com a perna esquerda. Juro que faço tudo isso procurando o meu melhor, e ao tão sonhado dia do alivio.
Seria tão fácil se eu me jogasse de um precipício já sabendo que a brisa vai me tocar e me levar a um lugar melhor, mais eis a duvida será que eu não me estatelaria no chão? Ando me machucando muito nessas minhas aventuras malucas de pular no escuro, de me jogar de costas para tudo, e se pá todos.
Seria tão difícil se eu tivesse que analisar todas os meus pensamentos, já me privei de tantas coisas que provavelmente seriam muito boas. Porem tenho certeza que isso já me livrou e livra de muitas situações complicadas.
Eis me aqui, mais uma vez, frente a frente com o meu eu, não me sinto mais como um amontoado de lixo. Sinto que jogaram no meu peito um caminhão de tranqueiras, e eu to aqui engolindo... sem tempo se quer de pensar nesse texto que escrevo olhado para o meu ser.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

ó tempo!

Quanta imaturidade, hoje eu sou maduro para saber que sou imaturo. Então terei de amadurecer e depois amadurecer para saber que estou maduro.
Mais que vida mais complexa, o meu eu fundi com o meu subconsciente e forma nada alem do nada. É estranho pensar que se juntar tudo que sou, tirando minha alma, não da nada. Ou dá? Dá sim, um amontoado de átomos, mais até uma ameba pode ser isso. Eu estou em uma faze que acreditava já ter passado, minha mãe falava que isso de olhar o que acho certo e errado faz parte da minha adolescência, era pra mim já ter todos meus valores formados. Mais hoje eu olho pra dentro de mim e o que vejo? Nada alem de alguns alicerces que mamãe contruiu...
Estou sonhando...
Tropecei, acordei, vou cair do penhasco... E agora?
A como é bom voar!
A vida pode ser um sonho!
Um olhar maléfico, os olhos foscos, tipo Freddy Krueger.
Um sorriso medonho, típico de quem nunca sentiu o amor, estilo Coringa.
Andava feito um bandido do velho oeste.
Uma tatuagem sem terminar no braço direito.
E um coração que resplandecia amor e compaixão.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Façamos a distribuição de renda

Minha cota diária de felicidade acho que acabou, essa era a hora exata para mim deitar e amanhã de manhã ir lá no velho posso artesiano no fundo de casa e pegar uns três baldes de felicidade e tomar com um tangue de limão. Ia ficar até gordo de tanto que iria tomar, mais minha mãe já me alertou que só posso tomar um copo por dia, está em falta por aqui em casa. É complicado, por que chega no final do dia estou assim amuado. O que me salva são alguns bons amigos que sempre me dão uma bela dose do deles. Grandes amigos!
Mais eu fico pensando, será que não tem felicidade suficiente para todos? E concluo que como o dinheiro as pessoas guardam a felicidade por toooda a vida, aqui no meu bairro tem pessoas que tem mares dela mais não usam. Façamos a distribuição de renda de felicidade. E por favor pessoas parem de ser egoístas, parem de ser um bando de porcos capitalistas, a vida foi feita para de viver bem e feliz. Deixem suas felicidades evaporarem e cair aqui no meu tanque.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tem horas que me vejo como o retrato do caos, mais acredito que não sou, pois minha base está bem formada e rígida. O que está meio bagunçado são os quadros, os armários, as prateleiras... E nessa minha frenética vontade de colocar tudo em ordem na maneira em que acho certo acabo danificando o que tenho de mais precioso.
Gostaria de saber dar prioridade, gostaria de não ser tão “lixento”. De saber tirar as coisas que menos importa, saber dar prioridade. Prioridade? Preciso aprender muito sobre isso, ou melhor, preciso aprender tudo.
É tudo muito confuso ainda na minha mente, e o pior de tudo é que não sei nem onde esta a cama para poder descansar e amanhã acordar bem para pensar sobre todo essa algazarra que esta havendo dentro de mim. Enquanto isso não me acontece continuo aqui, juntando as peças da minha vida. Esse armário vai aqui, aquele porta-retrato vai lá... e esse monte de afeto? Onde ficaria melhor?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O mochileiro interno

Partiu, largou a sua vida sedentária. Depois de muitos anos cultivando verduras no pacato vilarejo do sul de minas vai seguir um velho amigo que já não passava por ali a um belo tempo. O mais novo mochileiro do sul de minas ira acompanhar o já conhecido mundialmente pela suas peripécias bem ou maus sucedidas.
Já partiram a alguns dias, e não é que o garotão em alguns momentos se arrependeu? Mais seu velho amigo já o avisou que a estrada não é fácil, porem os momentos, amigos, o regresso, fazem valer a pena.
Hoje ele entende(entendo?) a mulher de Ló, acredito que no lugar dela também teria virado uma estátua de sal.
O que mais o atormentava que era a covardia o abandonou. Saudade? Nunca consegui definir esse sentimento, ele é tipo aquele doce, Romeu e Julieta, sabe? Uma coisa doce e uma salgada, que pra mim não combina muito, e não faz sentido. Porem certamente sentiu, sente e sentira. Toda mudança é experiência, e certamente coisas boas sairão dessa caminhada.
Quanto tempo ela dura? Talvez mais um dia, talvez uma vida. Mais como já disse o profeta Bob Dylan: “A felicidade não está na estrada que leva a algum lugar. A felicidade é a própria estrada.”. Booora curtir rapaziada.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Só quero o que é meu

Cada um tem seus momentos, os meus ainda não vieram. Extraviaram junto com as bagagens. Fui até o balcão perguntar, e recebi a seguinte resposta: “Infelizmente senhor sua bagagem partiu para o Japão, e em alguns dias estará de volta. Peço desculpa pelo transtorno senhor”. Transtorno? Imagina, nenhum. Dentro da minha mala só estava minha alegria, minha paz, minha inteligência, meu amor, os meus momentos que deixei pra abrir aqui com a família para compartilharmos. E agora? Agora ta lá, do outro lado do mundo. Mas me sobrou uma única coisa, é a esperança que sempre carreguei a tira colo, afinal ela que me motiva... Grande companheira.
Mas então agora 19 anos depois, ainda não me mandaram toda minha bagagem, você acredita? Pois é a maldita empresa faliu (Por que será não? Desgraçada) e estão me pagando a prestação, me mandaram um bocadinho de alegria, um outro tanto de inteligência(sorte que não analisaram a bagagem ela é falsificada), o amor me mandaram quase inteirinho, veja só que beleza... Mas nada de chegar os meus tão sonhados momentos.
Minha esperança? Coitada, aquela já morreu, não agüentou esperar por tanto tempo, foi triste a perda. Mas comprei outras, mas as bichinhas estão tão sensíveis, não duram nada, morrem muito cedo, deve ser o ar carregado dos dias de hoje.
Mas uma coisa me intriga, O porquê de não me pagarem os meus momentos, eles nem são tão caros assim. Veja só em um dos pacotes que fiz só estava incluso, as pessoas que eu amo, a paz, uma boa cachaça, a alegria, que é conseqüência, uma bela musica, tocada por nós mesmos, e algumas coisinhas mais, eu nem fiz questão de sol ou chuva, lugar, essas coisas mais caras que não valem a pena.
Por favor paguem o que me devem, ou terei que processá-los?
Lá se vão mais alguns anos de espera, será que compensa sacrificar mais algumas esperanças? Sempre.

domingo, 13 de junho de 2010

Que falta sinto dos duelos de espada,
das mãos na inchada,
dos pés no chão,
do verdadeiro irmão.

Rumores no ar,
o que está havendo?
a confiança há de acabar.

Maldito sistema ingrato,
tudo para aumentar o valor no extrato,
pobre Hiroshima.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O mundo se fechou, tudo ao meu redor acabou. Lentamente algumas amizades vão ruindo sem se quer nos darmos conta. Família? Esta restrita em pai e mãe. Ciclo social? O que é isso...
O mundo se fecho, mais não acabou. É hora de sair desse deprimente estado de inercia.
Por que não remar contra a corrente? Por que não quebrar as regras?
Já basta de padrões, chega de agradar a todos, e de pensar só no meu nariz, chega de pensar tantos "isso não ta certo", "é o melhor pra todos", "será bom para o futuro".
É momento de pensar no presente, é hora de liberar os passarinhos para voar, os cavalos para galopar e deixar a flor desabrochar.

Só falta um passo...

Covarde.

sábado, 27 de março de 2010

Dormi, e vi que o sonho não é exatamente aquilo que esperava. As nuvens não são realmente de algodão e não é tão doce a liberdade. Liberdade? Falsa liberdade. Estou mais preso do que nunca. Estou enroscado no meio dos fios da saudade, tonto com o perfume da novidade. Novidade essa que não tem nada de novo, tudo velho em um novo cenário. E até que é bonito esse cenário, os companheiros de palco parecem ser bons. Já contracenei com algum deles, um em especialmente já fez papeis em algumas peças(é Brow, 5 ou mais anos agente tem ai um fazendo parte do roteiro do outro, muito feliz por isso.).
Mas falta algo, faltam outros atores: falta a minha a mocinha(2 horas a mais não vai mudar em nada o meu amor por você. Alias vai sim, aumentará, mais isso é normal) o mais beat dos últimos tempos, que solitário seguiu seu caminho(seja feliz amigo, mas não se esqueça que sempre tem um cantinho pra uma apresentação especial aqui pra você Léo.), o rapaz da batera(ano que vem estamos juntos Toletão), mamãe, papai, e tantos outros(me desculpe não citar todos, é muita gente) que fazem e sempre farão parte do teatro da minha vida. Obrigado as que já contribuíram com essa história, e eu peço(imploro), não abandonem. Eu sei que as vezes o roteiro parece um pouco chato, monótono, mas sem vocês com certeza o teatro vai a falência. E aos que estão chegando, sejam bem vindos ao nosso(meu) elenco.
Espero que gostem, e que eu também possa contribuir com a história de todos.

*Peço desculpas pela confusão com as palavras, isso é típico de mim. Porem a emoção foi um grande agravante.

quarta-feira, 3 de março de 2010

estática

Preso em meu cárcere privado.
Privado de viver, de sonhar, de ser ou fazer o que realmente gostaria. Planos jogados no bueiro da esquina, rodando como e com merda. E tudo por culpa única e exclusivamente, minha. E a inércia que me impediu de atingir meus planos é a mesma que me alcançou nesse exato instante, e me colocou mais uma vez frente às palavras. E o que me resta? Escrever, escrever feito um louco, pirado, colocando toda angustia, medo e desilusão no papel. O problema que não é uma transferência de sentimentos e sim uma copia. Sim essas palavras são inúteis, não servem de nada pra mim. Muito menos pra você. Você que como eu esta sentado na frente dessa maquina maluca, que faz agente sentir acompanhado, menos solitário. Triste ilusão. Quando olhamos para o lado o que vemos alem de paredes? Quando olhamos para dentro o que vemos alem de programas? Alias, olhando para dentro da maioria das pessoas também percebemos que estão minuciosamente programadas. Eu tenho de agradecer diariamente por ter encontrado pessoas que também são programados, mais reconhecem isso. Também tenho de agradecer por essa vida estática que estou vivendo, poderia ser pior.
E mais uma vez a inércia me pegou. Ta bom uma pinóia, tem muito mais. Alguém tem um pouco de animo e ousadia pra me emprestar? Alugar? Eu pago bem... é realmente esta em falta no mercado, se eu encontrar te aviso.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O circo de sol... Solidão

Paro. Vejo-me no eterno picadeiro da vida, da minha vida. Onde não posso ser eu, ou ser quem gostaria de ser. E de baixo dessa imensa e confusa lona me destinaram dois “papeis”. O velho e impotente rei da selva (ou seria da jaula, que nem a mim pertence) e o triste palhaço sorridente.
O velho leão, ainda impondo medo nas crianças e divertindo os adultos com a “obediência”. O rei vive o triste dilema: se passar por gatinho e ganhar migalhas de carne podre no final do show. Ou se revoltar e ao menos tentar saltar para fora da jaula e devorar a carne fresquinha de quem se diverte com suas fantásticas e lastimáveis acrobacias ansiadas pelo mundo, sim o publico.
E o palhaço sorridente, no seu barril decorado com sua angustia e sua vontade de estar lá em cima. No alto fazendo acrobacias e vendo tudo de cima. Mas para isso precisa tirar a maquiagem, mostrar a sua real face e deixar de fazer o mundo sorrir.
Quero pedir desculpas, pelos erros de concordância, pois esses personagens fazem parte de mim, e eu fico sem saber se uso primeira ou terceira pessoa.
E a terceira pessoa que eu faço sorrir tanto vestido de palhaço ou de leão, é a primeira pessoa que me magoa outrora.
Em uma análise rápida e fria sobre essas palavras, quero me definir. Eu sei que vocês não querer saber. Mas ao menos essa vez vou fazer o que acho certo. E essa definição vem em infinitas palavras, as seguintes: covardia, covardia, covardia... covardia e covardia.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dia x Vida

Os momentos ruins passam, como passou.
As lagrimas rolam, rolou.
A indecisão aparece, sim apareceu.
O desespero toma conta, e como tomou.
A duvida aparece, apareceu?
O peito doe, como continua doendo.

E a única “coisa” que me faz superar tudo isso tem nome e sobrenome, mas eu resumo em um simples, você.

Sim, claro que é você, quem mais seria?
Você que me faz feliz, diariamente.
Que me inspira, e não é apenas pela beleza.
Que me completa, sem você: cadê eu?

E a única “coisa” que explica isso não tem nome nem sobrenome. Mas ouvi dizer que chamam isso de amor.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eba chegou o carnaval!
Ele acabou quando?
Pensei que aquela algazarra no congresso fazia parte dele, é mais realmente pizza não combina com a avenida.
Acreditava que o golpe em Honduras também participou da folia, mas tanques não tocam marchinhas.
E o Sisu, a esse tinha certeza, mas o lugar dos palhaços como eu é no picadeiro e não no carro alegórico.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Interditado. Estou fechado no momento, a minha vida fugiu feito uma lebre, e meu material de caça esta sem condições de uso. Minha faca esta sem corte, como minhas palavras. Minhas carabinas e meu coração estão enferrujados. Os meus sentimentos e minhas balas estão todos misturados, me deixando confuso. E deixaram (deixei) minha bela roupa camuflada em trapos como a lebre nesse exato momento.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Os dois lados da mesma moeda

Acordou como se não tivesse aberto os olhos.
Levantou como se não tivesse saído da cama.
Tomou café como quem não tem fome.
Foi trabalhar como quem é obrigado.
Almoçou como quem esta com enjôo.
Trabalhou como estivesse dormindo.
Dormiu como se nunca estivesse vivido.

Acordou como se estivesse sonhando.
Levantou como se fosse para lua.
Tomou café feito um leão faminto.
Não foi trabalhar, e sim divertir.
Almoçou junto a um bom destilado.
Se divertiu em meio aos cálculos.
Dormiu?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Acorda, levanta, vai lavar o rosto, o café já está na mesa. Corre, vai se atrasar. Não está esquecendo algo? É, deve ser o casaco.
Abre o portão, entra no carro, maldito trânsito, ali tem uma vaga, para, sai do carro, não está esquecendo algo? É, deve ser o farol.
Chama o elevador, não da tempo, vai de escada. Bate o cartão, senta, trabalha, trabalha, trabalha, não está esquecendo algo? É, deve ser o relatório.
Pega o carro, maldito trânsito. Guarda o carro, fecha o portão, não está esquecendo algo? É, deve ser a chave no contato.
Toma banho, janta, deita, não está esquecendo algo? É, deve ser de escovar os dentes ou seria de viver? Ah, que bobeira, dorme.
Acorda, levanta, vai lavar o rosto...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Chega de poesias, pause a musica, jogue fora as flores, não agüento mais coisas bonitas. Ta na hora de dizer a verdade nua, e ela é mais feia que aquela puta velha do buteco da esquina, mas fedida que o mendigo cagado do viaduto, mais falso que os amigos de Brasília, mais triste do que a tragédia no Haiti.
Não eu não suporto, me mostrem a poesia, solta a musica, dêem as flores, não só para mim, mas para a puta do bar, o mendigo do viaduto, para os amigos de Brasília...E eu imploro não esqueça da tragédia no Haiti.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tem momento que gostaria de saber tudo,
em outros prefiro ser o maior dos desinformados.
Tem dias que quero ser o mais forte,
em outros um podre coitado.
Tem meses que gostaria de ser livre,
em outro não saio de casa.
Tem anos que eu quero amar,
em outros prefiro não viver.