sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser!

Face a face com o espelho me vejo feito um aglomerado de entulhos lá no fundo do quintal da casa de praia da minha tia. Eu podia muito bem ir para o lado feliz e garantido da vida, mais não teimoso como sempre segui pela direita, e já entrei lá com a perna esquerda. Juro que faço tudo isso procurando o meu melhor, e ao tão sonhado dia do alivio.
Seria tão fácil se eu me jogasse de um precipício já sabendo que a brisa vai me tocar e me levar a um lugar melhor, mais eis a duvida será que eu não me estatelaria no chão? Ando me machucando muito nessas minhas aventuras malucas de pular no escuro, de me jogar de costas para tudo, e se pá todos.
Seria tão difícil se eu tivesse que analisar todas os meus pensamentos, já me privei de tantas coisas que provavelmente seriam muito boas. Porem tenho certeza que isso já me livrou e livra de muitas situações complicadas.
Eis me aqui, mais uma vez, frente a frente com o meu eu, não me sinto mais como um amontoado de lixo. Sinto que jogaram no meu peito um caminhão de tranqueiras, e eu to aqui engolindo... sem tempo se quer de pensar nesse texto que escrevo olhado para o meu ser.

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