sábado, 31 de julho de 2010

Eu estou cansado dessa saga desgraçada, porque eu? Todo dia aqui, revoltado com um sistema que jamais, isso mesmo que você ouviu, jamais vai mudar. É um sonho muito distante, se não impossível, pensar que a sociedade alcançara um ponto de equilíbrio, que chegaremos a ser conscientes o suficiente para não precisarmos de pessoas tão limitadas quanto nós para nos “controlar”.
Olha só, mais uma vez eu to aqui fazendo o de sempre, é a minha sina. Por que não falar do amor? Ou mesmo do ódio. Só queria saber fazer algo diferente disso, dessa minha rotina incessante. Mais o que falar do amor? Nem sei ao certo o que ele é, única coisa que sei sobre ele é que é o sentimento mais lindo e contraditório que vaga pelos corações. Ele já passou por aqui, na verdade ele mora por aqui, e eu não o conheço bem. Como pode? A tantos anos aqui comigo e eu não saber se quer descrevê-lo. Sou muito incompetente.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser!

Face a face com o espelho me vejo feito um aglomerado de entulhos lá no fundo do quintal da casa de praia da minha tia. Eu podia muito bem ir para o lado feliz e garantido da vida, mais não teimoso como sempre segui pela direita, e já entrei lá com a perna esquerda. Juro que faço tudo isso procurando o meu melhor, e ao tão sonhado dia do alivio.
Seria tão fácil se eu me jogasse de um precipício já sabendo que a brisa vai me tocar e me levar a um lugar melhor, mais eis a duvida será que eu não me estatelaria no chão? Ando me machucando muito nessas minhas aventuras malucas de pular no escuro, de me jogar de costas para tudo, e se pá todos.
Seria tão difícil se eu tivesse que analisar todas os meus pensamentos, já me privei de tantas coisas que provavelmente seriam muito boas. Porem tenho certeza que isso já me livrou e livra de muitas situações complicadas.
Eis me aqui, mais uma vez, frente a frente com o meu eu, não me sinto mais como um amontoado de lixo. Sinto que jogaram no meu peito um caminhão de tranqueiras, e eu to aqui engolindo... sem tempo se quer de pensar nesse texto que escrevo olhado para o meu ser.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

ó tempo!

Quanta imaturidade, hoje eu sou maduro para saber que sou imaturo. Então terei de amadurecer e depois amadurecer para saber que estou maduro.
Mais que vida mais complexa, o meu eu fundi com o meu subconsciente e forma nada alem do nada. É estranho pensar que se juntar tudo que sou, tirando minha alma, não da nada. Ou dá? Dá sim, um amontoado de átomos, mais até uma ameba pode ser isso. Eu estou em uma faze que acreditava já ter passado, minha mãe falava que isso de olhar o que acho certo e errado faz parte da minha adolescência, era pra mim já ter todos meus valores formados. Mais hoje eu olho pra dentro de mim e o que vejo? Nada alem de alguns alicerces que mamãe contruiu...
Estou sonhando...
Tropecei, acordei, vou cair do penhasco... E agora?
A como é bom voar!
A vida pode ser um sonho!
Um olhar maléfico, os olhos foscos, tipo Freddy Krueger.
Um sorriso medonho, típico de quem nunca sentiu o amor, estilo Coringa.
Andava feito um bandido do velho oeste.
Uma tatuagem sem terminar no braço direito.
E um coração que resplandecia amor e compaixão.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Façamos a distribuição de renda

Minha cota diária de felicidade acho que acabou, essa era a hora exata para mim deitar e amanhã de manhã ir lá no velho posso artesiano no fundo de casa e pegar uns três baldes de felicidade e tomar com um tangue de limão. Ia ficar até gordo de tanto que iria tomar, mais minha mãe já me alertou que só posso tomar um copo por dia, está em falta por aqui em casa. É complicado, por que chega no final do dia estou assim amuado. O que me salva são alguns bons amigos que sempre me dão uma bela dose do deles. Grandes amigos!
Mais eu fico pensando, será que não tem felicidade suficiente para todos? E concluo que como o dinheiro as pessoas guardam a felicidade por toooda a vida, aqui no meu bairro tem pessoas que tem mares dela mais não usam. Façamos a distribuição de renda de felicidade. E por favor pessoas parem de ser egoístas, parem de ser um bando de porcos capitalistas, a vida foi feita para de viver bem e feliz. Deixem suas felicidades evaporarem e cair aqui no meu tanque.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tem horas que me vejo como o retrato do caos, mais acredito que não sou, pois minha base está bem formada e rígida. O que está meio bagunçado são os quadros, os armários, as prateleiras... E nessa minha frenética vontade de colocar tudo em ordem na maneira em que acho certo acabo danificando o que tenho de mais precioso.
Gostaria de saber dar prioridade, gostaria de não ser tão “lixento”. De saber tirar as coisas que menos importa, saber dar prioridade. Prioridade? Preciso aprender muito sobre isso, ou melhor, preciso aprender tudo.
É tudo muito confuso ainda na minha mente, e o pior de tudo é que não sei nem onde esta a cama para poder descansar e amanhã acordar bem para pensar sobre todo essa algazarra que esta havendo dentro de mim. Enquanto isso não me acontece continuo aqui, juntando as peças da minha vida. Esse armário vai aqui, aquele porta-retrato vai lá... e esse monte de afeto? Onde ficaria melhor?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O mochileiro interno

Partiu, largou a sua vida sedentária. Depois de muitos anos cultivando verduras no pacato vilarejo do sul de minas vai seguir um velho amigo que já não passava por ali a um belo tempo. O mais novo mochileiro do sul de minas ira acompanhar o já conhecido mundialmente pela suas peripécias bem ou maus sucedidas.
Já partiram a alguns dias, e não é que o garotão em alguns momentos se arrependeu? Mais seu velho amigo já o avisou que a estrada não é fácil, porem os momentos, amigos, o regresso, fazem valer a pena.
Hoje ele entende(entendo?) a mulher de Ló, acredito que no lugar dela também teria virado uma estátua de sal.
O que mais o atormentava que era a covardia o abandonou. Saudade? Nunca consegui definir esse sentimento, ele é tipo aquele doce, Romeu e Julieta, sabe? Uma coisa doce e uma salgada, que pra mim não combina muito, e não faz sentido. Porem certamente sentiu, sente e sentira. Toda mudança é experiência, e certamente coisas boas sairão dessa caminhada.
Quanto tempo ela dura? Talvez mais um dia, talvez uma vida. Mais como já disse o profeta Bob Dylan: “A felicidade não está na estrada que leva a algum lugar. A felicidade é a própria estrada.”. Booora curtir rapaziada.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Só quero o que é meu

Cada um tem seus momentos, os meus ainda não vieram. Extraviaram junto com as bagagens. Fui até o balcão perguntar, e recebi a seguinte resposta: “Infelizmente senhor sua bagagem partiu para o Japão, e em alguns dias estará de volta. Peço desculpa pelo transtorno senhor”. Transtorno? Imagina, nenhum. Dentro da minha mala só estava minha alegria, minha paz, minha inteligência, meu amor, os meus momentos que deixei pra abrir aqui com a família para compartilharmos. E agora? Agora ta lá, do outro lado do mundo. Mas me sobrou uma única coisa, é a esperança que sempre carreguei a tira colo, afinal ela que me motiva... Grande companheira.
Mas então agora 19 anos depois, ainda não me mandaram toda minha bagagem, você acredita? Pois é a maldita empresa faliu (Por que será não? Desgraçada) e estão me pagando a prestação, me mandaram um bocadinho de alegria, um outro tanto de inteligência(sorte que não analisaram a bagagem ela é falsificada), o amor me mandaram quase inteirinho, veja só que beleza... Mas nada de chegar os meus tão sonhados momentos.
Minha esperança? Coitada, aquela já morreu, não agüentou esperar por tanto tempo, foi triste a perda. Mas comprei outras, mas as bichinhas estão tão sensíveis, não duram nada, morrem muito cedo, deve ser o ar carregado dos dias de hoje.
Mas uma coisa me intriga, O porquê de não me pagarem os meus momentos, eles nem são tão caros assim. Veja só em um dos pacotes que fiz só estava incluso, as pessoas que eu amo, a paz, uma boa cachaça, a alegria, que é conseqüência, uma bela musica, tocada por nós mesmos, e algumas coisinhas mais, eu nem fiz questão de sol ou chuva, lugar, essas coisas mais caras que não valem a pena.
Por favor paguem o que me devem, ou terei que processá-los?
Lá se vão mais alguns anos de espera, será que compensa sacrificar mais algumas esperanças? Sempre.