segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relato de um inv(f)erno

Hoje o dia amanheceu gelado, e eu estou aqui sem sequer um fósforo para me aquecer. Eu escolhi abandonar o meu tão aconchegante lar, e até mesmo me abandonar. Estou em tempo de reflexão, eu sempre tive nesse tempo, mas nunca só como hoje. É muito complicado explicar o que passa pela minha cabeça, embora na maioria das vezes não passe nada, nada alem de lindas lembranças e um magnífico futuro. Futuro esse que nem sei se vai chegar, mas eu vou aqui me iludindo diariamente, pregando lembretes do próximo plano frustrado na minha geladeira. A coitada da geladeira esta coberta por papeizinhos que vou rasgando um a um, devo ser um dos grandes contribuintes para o desmatamento da Amazônia afinal o que gasto diariamente de papel não é brincadeira. Sim, eu sei que eu poderia digitalizar tudo, mais sei lá, na maioria dos dias a minha alegria esta restrita nas coisas digitais, não quero estragá-los com frustrações.

domingo, 29 de agosto de 2010

Monólogo com a insônia

Olá insônia,
a tempos não vinha me visitar amiga de muitas noites.
Me conte como anda a vida, acompanhando muitas pessoas pela madrugada?
E aquela velha senhora da aza sul? Continua a passar lá diariamente?
Posso te confessar uma coisa? Fico feliz com a sua visita, quando você vem assim sozinha são sempre agradáveis as noites. Duro são estas sua companhias.
Como diz minha avó: “diga com quem tu andas que direi que tu és”. Eu não concordo muito com esse ditado não, mas seu nome esta bem sujo ai na praça devido aos maus elementos que te acompanham.
Inclusive a ultima vez que passou por aqui com aquela sua amiga, como ela chama mesmo? Tristeza se não me engano, coloquei até a vassoura atrás da porta pra ver se iam embora logo. Encontro ela as vezes por ai, e como ela é desagradável, não? Vem toda intrometida nos abraçando, entrando onde não foi chamada e não nos deixa ir embora, não sem antes deixarmos uma lágrima escorrer pelo rosto.
É amiga, eu acho que chegou sua hora, volte outro dia que eu não precise acordar cedo é muito boa sua companhia, e traga a esperança a felicidade eu sei que não costuma andar com ele mais traga o sonho se possivel. Até logo!
Boa noite sono, como vai? A insônia acaba de sair daqui, vocês nem se dão muito bem né?

sábado, 7 de agosto de 2010

mais que doidera

Todos buscam as estrelas, eu só quero uma, nada mais. E estou indo rumo ao sol. Sei que você me acompanharia, mas não posso permitir isso, já te magoei demais com essas minhas viagens.
Parti só, não, não fique triste eu já me acostumei apesar do pouco tempo. E sempre encontro uns mochileiros malucos no meio do caminho, eles que me motivam.
Diz a lenda que o um grande alucinado chegou no tão sonhado objetivo e nunca mais voltou, deve ser realmente bom por lá. Mas alem dele ninguém mais conseguiu essa proeza.
Sempre me perguntam: por que o sol? Não seria melhor uma estrela menor? O que eles não entendem é que não foi uma escolha minha, é predestinação. São poucos os destinados a isso, acredito ser um deles, e a cada dia vou liberando mais minhas paranóias e frescuras, pois para alcançar a mais poderosa estrela do sistema tem de ser puro, não essa pureza que dizem por ai, de não aproveitar a vida, tem que ter a alma e a mente em sintonia, o corpo é um mero detalhe, ele segue o fluxo.
Gostaria de ter levado muita coisa e muita gente comigo, mais não sei se vou conseguir sequer chegar na lua... E eu acabo de me frustrar com essa merda dessa viagem, mais que bosta porque meu cérebro foi lembrar só a agora que o sol é a estrela mais próxima da terra? Perdeu toda a graça 8 minuto-luz minha mente faz em 2 minutos, claro que arredondando a velocidade média.
Esquece essa estória de predestinação, agora eu quero a Hipparcos 5926 (V762), isso sim é desafio... Essa sim é a minha predestinação, desafios, ou não.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A minha volta

Eu me abandono quando estou aqui. Sei disso pelo simples fato de minhas idéias ficarem trancadas no “meu mundo”. E os meus sentimentos, que sentimentos? Eles se perdem nessa imensidão de novidades, que nem são tão novas assim. A única coisa que passa realmente pela minha cabeça é este momento que esta chegando, e o único sentimento que consigo encontrar nesse mar de loucura, é a saudade.
Eu gostaria muito de me adaptar fácil e esquecer o que passou. Mas o grande problema é que não passou, tudo aquilo esta vivo e queimando aqui dentro de mim.
Esta chegando a hora do regresso, estou radiante. Minha mente começa a se abrir para minhas viagens alucinadas, meus sentimentos já estão organizados em fila indiana aqui e um a um vão entrando novamente no meu ser, o meu coração já esta palpitante e pronto para receber novos amores e fúrias, lá tudo é mais intenso. “Oh! que saudades que tenho. Da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais!”.