quinta-feira, 16 de junho de 2011

Meu primeiro fim

Não preguei o olho naquela noite de sábado. Toda a minha existência passou pela minha mente. Pesei o que havia acontecido dês da minha primeira lembrança até aquele dado momento. Quando meu humilde celular marcava cinco e quarenta e sete da manhã cheguei a uma conclusão. Levantei rapidamente, perdi algum tempo com essas coisas fúteis que fazemos toda manhã e escrevi uma curta sentença ali mesmo no saco de pão amanhecido da padaria da rua de cima.
Abri a porta de casa e me deparei com o mundo exatamente como ele é, ou era. Procurei o prédio mais alto da cidade. Nessas cidades de interior não existe muitos prédios. Mas antes passei no supermercado para comprar um destilado barato. Agora sim tudo estava pronto.
Cheguei a portaria do prédio e disse que precisava falar com um amigo, o porteiro mandou eu subir. Nessas cidades de interior todo mundo conhece todo mundo, não tem essas frescuras de ficar ligando para o apartamento. Pequei o elevador e fui direto para o ultimo andar. A porta do elevador se abre e me deparo com uma escadinha escura que levava ao terraço. Direcionei-me até ela e subi. Aquele lugar não era totalmente desconhecido para mim, já havia subido ali algumas vezes para beber com meus amigos. Caminhei até o para peito, foram exatamente 17 passos a caminho de uma nova etapa. Abri a garrafa de destilado barato e dei alguns tragos, parecia que estava bebendo um whisky dezoito anos. Olhei pela ultima vez a vida como ela era e então me joguei...
Por favor, me vê mais uma dose dessa cachaça amarela. Onde parei mesmo? Tanto faz, um brinde a vida!

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